À medida que os automobilistas trocam os motores de combustão interna pelos veículos elétricos (EV), crescem as expetativas relativamente a tecnologias mais avançadas. As baterias atuais são adequadas para muitos dos adotantes iniciais, mas é necessário desenvolvê-las para atrair um mercado mais alargado.
Para descobrir o impacto da atual tecnologia de baterias no mercado e que medidas estão a ser adotadas para criar novas unidades avançadas de armazenamento de energia elétrica, Phil Curry, editor de conteúdos especiais do Autovista24, esteve à conversa com Doron Myersdorf, CEO e cofundador da StoreDot. Os dois debateram o estado atual do mercado dos veículos elétricos, a evolução tecnológica da startup e a forma como o carregamento rápido irá impulsionar as vendas no futuro.
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Sinopse do programa
Com sede em Israel, a Storedot está a trabalhar em novos materiais e sistemas para as baterias dos EV. Os desenvolvimentos da startup resultam em novas baterias com capacidade de recarregar em minutos, contribuindo para eliminar um dos maiores obstáculos à adoção de EV: a ansiedade do carregamento. Tem por objetivo reproduzir a experiência de reabastecimento de um veículo a gasolina ou diesel, oferecendo maior comodidade aos compradores de EV.
“O carregamento rápido ou o carregamento ultrarrápido (XFC) em que estamos a trabalhar exige uma estação de carregamento capaz de debitar uma potência de 350 kW e uma bateria capaz de comportar este nível de potência num curto período de tempo, sem preocupações de segurança ou problemas de aquecimento”, afirmou Myersdorf. “Isto exige uma nova tecnologia de baterias e uma infraestrutura que possa ser desenvolvida em paralelo”.
Os desenvolvimentos da StoreDot substituem a grafite no ânodo da bateria por nanopontos. Estes conseguem carregar-se a um ritmo muito mais rápido do que as atuais estruturas de grafite. Os nanopontos conseguem aumentar dez vezes a velocidade de carregamento, contribuindo para aumentar a área da superfície do material e facilitando a interação dos iões.
O processo não é tão fácil como a introdução de novos materiais numa bateria, há também outros fatores a ter em consideração. “A temperatura é um fator extremamente importante nas baterias, especialmente, quando se trata do carregamento rápido, em que a potência é muito maior”, acrescentou Myersdorf. “Estamos a falar de centenas de amperes a serem bombeados no veículo e temos de garantir que está a ser aplicado o sistema de arrefecimento certo”.
A StoreDot registou um crescimento rápido nos últimos anos e está atualmente a testar a sua tecnologia de baterias com vários fabricantes de automóveis antes de avançar para a fase seguinte. Isto envolve a conceção de veículos centrados na bateria e assegurar a realização de todos os testes do sistema de acumuladores, e não apenas das células, algo que a empresa tenciona concluir no próximo ano.
Com baterias mais bem desenvolvidas, com capacidade para se carregarem mais rápido e com maior autonomia, haverá igualmente vantagens para o mercado de veículos elétricos usados. Os condutores que querem mudar de carro, mas não têm possibilidade de comprar um veículo novo, poderão ter sido dissuadidos pela potencial deterioração das baterias velhas. No entanto, com a nova tecnologia, a unidade motora pode ser tão eficiente como um veículo com motor de combustão interna após vários anos, eliminando outro eventual obstáculo à adoção e mantendo os veículos elétricos na estrada durante mais tempo.
A evolução das baterias será provavelmente um aspeto essencial para o setor automóvel no futuro, e as startups como a StoreDot desempenharão um papel importante. Estas empresas terão de trabalhar em conjunto com os atores bem estabelecidos no setor para melhorar o mercado dos EV em geral e oferecer opções práticas aos consumidores e empresas.
Este conteúdo foi-lhe apresentado pela Autovista24.
Note-se que este artigo é uma tradução do original publicado em inglês na Autovista24 e, por conseguinte, poderá conter pequenos erros ortográficos. Caso verifique qualquer discrepância ou inconsistência entre o original e a tradução, a versão que prevalecerá será sempre a inglesa.