
As operações comerciais deverão começar em 2026, prevendo-se que a fábrica atinja uma capacidade de até 35.000 toneladas anuais de hidróxido de lítio. Este material apresenta um papel fundamental para a indústria de fabrico de baterias, que a Northvolt espera ver crescer dez vezes mais até ao final da década.
A localização ainda não foi confirmada
Uma das questões à qual falta a resposta acerca da fábrica é qual será a sua localização. De momento, estão a realizar-se estudos técnicos e económicos para que sejam avaliados os potenciais locais. Tendo por base projetos semelhantes estas fábricas representam, por norma, um investimento de 700 milhões de euros.
Através deste investimento, a Northvolt afirma que o local poderia fornecer hidróxido de lítio para uma produção de cerca de 50 GWh de baterias por ano. O que equivale a aproximadamente 700.000 veículos com carregamento elétrico (VEs). Como parte da aventura conjunta, o construtor de baterias irá assegurar metade da capacidade de produção da fábrica, para utilizar no seu próprio fabrico. O local terá o potencial de criar 1.500 postos de trabalho.
Esta é uma oportunidade única para reposicionar a Europa como líder numa indústria que será vital para reduzir as emissões globais de CO2, de acordo com as prioridades europeias e portuguesas em matéria de alterações climáticas”, disse o CEO da Galp, Andy Brown. “Para sermos bem-sucedidos neste esforço, todos temos de trabalhar em conjunto, indústria e entidades decisórias, com sentido de urgência, porque se não reivindicarmos este papel hoje, outros o farão”.
Novos padrões de sustentabilidade
Tanto a Northvolt, quanto a Galp pretendem garantir, que a fábrica de Portugal, respeita o compromisso para com os elevados padrões de sustentabilidade. As empresas salientam, em particular, a extração e concentração de espodumena, bem como, o processamento de hidróxido de lítio.
“O desenvolvimento de uma indústria de fabrico de baterias europeia proporciona excelentes oportunidades económicas e sociais para a região. Alargar a nova cadeia de valor europeia a montante, para incluir matérias-primas, apresenta uma importância fulcral”, disse Paolo Cerruti, cofundador e COO da Northvolt.
Os parceiros de negócios estão confiantes de que a Iberia dispõe de recursos que podem ser recuperados sem produzir uma grande quantidade de gases com efeito de estufa. Isto será alcançado através de elevados padrões de proteção do ambiente e dos direitos humanos, assegurando a sustentabilidade a longo prazo.
“Esta aventura conjunta representa um grande investimento nesta área e irá posicionar a Europa não só no caminho para o fornecimento doméstico de materiais chave, necessários no fabrico de baterias, mas também a oportunidade de estabelecer um novo padrão de sustentabilidade no aprovisionamento de matérias-primas. Esta iniciativa vem complementar uma estratégia global de sourcing baseada nos elevados padrões de sustentabilidade, fontes diversificadas e exposição reduzida a riscos geopolíticos”, acrescentou Cerruti.
Enquanto isso, a Northvolt continua a levantar ondas na indústria das baterias para automóveis. Recentemente confirmaram a abertura de um novo centro de pesquisa e desenvolvimento (R&D) em conjunto com a Volvo Cars. Já em novembro, anunciaram a produção da sua primeira célula de bateria totalmente reciclável. A unidade foi feita a partir de níquel 100% reciclado, manganês e cobalto. Em outubro, deram a conhecer um plano de 662 milhões de euros para construir o primeiro campus R&D, que poderá cobrir todo o ecossistema de baterias.
Este conteúdo foi-lhe apresentado pela Autovista24.
Note-se que este artigo é uma tradução do original publicado em inglês na Autovista24 e, por conseguinte, poderá conter pequenos erros ortográficos. Caso verifique qualquer discrepância ou inconsistência entre o original e a tradução, a versão que prevalecerá será sempre a inglesa.
